A gestão patrimonial ocupa um papel cada vez mais importante nas empresas. Entender seu conceito e a forma de desenvolvê-la é fundamental para obter resultados eficientes e incrementar a capacidade de sobrevivência num cenário econômico ainda marcado por oscilações e incertezas. Há pouco tempo, a maioria das organizações brasileiras realizava a Gestão do Ativo Imobilizado apenas com o objetivo de cumprir exigências legais. Contudo, a gestão passou a ser vital na estruturação e equilíbrio das empresas, indo muito além de procedimentos burocráticos.
De modo geral, a gestão patrimonial é o balanço realizado com a finalidade de manter o controle de custos e o acompanhamento do patrimônio da empresa. Sabendo a quantidade e a qualidade patrimonial, é possível que se façam investimentos a partir das necessidades reais. Ademais, a gestão permite redução de gastos e previsão de custos. A primeira etapa do processo é organizar o inventário dos bens da empresa, no qual são listados todos os ativos imobilizados, com registro fotográfico e a descrição completa de onde está localizado o bem.
Na segunda etapa, é feita a avaliação dos ativos, identificando-se o custo de reposição, o valor justo e o residual (o que se espera receber pelo bem no fim de sua vida útil). A fase seguinte engloba a revisão da vida útil de cada um dos itens do ativo, atribuindo-se ao bem a estimativa de duração útil econômica.
Com todas essas informações consolidadas, realiza-se a conciliação físico-contábil, pelo qual são comparados os dados que constam na base contábil com as informações obtidas no inventário físico. Nesse processo são definidos os bens contabilizados sem existência física e os bens existentes sem o registro contábil, gerando três relatórios: o de bens conciliados, sobras contábeis e sobras físicas.
Quando a gestão patrimonial é feita de modo apropriado, deverá ser aplicado ainda o Teste de Recuperabilidade do ativo ou Teste de Impairment (Impairment test), em conformidade com a Lei 11.638/2007, visando assegurar que o valor contábil registrado de um ativo seja recuperável pela capacidade de gerar receita (dinheiro) pela sua venda ou pelo uso, seja na produção de riqueza ou no controle de administração, como maquinários, mobiliário e veículos. Não entram nessa lista os bens que esperam ser usados por menos de um ano.
Os ativos são essenciais para que as atividades empresariais ocorram, mas nem sempre são aproveitados ao máximo. Por isso, é primordial uma boa gestão, capaz de controlar os ativos desde sua aquisição até o descarte. O controle patrimonial pode mudar a organização por meio de boas estratégias e atualização constante nas mudanças da legislação brasileira.