É hora de seguir em frente

As eleições terminaram e os vitoriosos foram assim proclamados pelo Justiça. Agora, é hora de tentar abandonar rancores, e canalizar energias para a resolução dos problemas sociais, econômicos e estruturais do Brasil. Isso não significa, porém que as divergências terminaram. Afinal, são elas que dão sentido à democracia.

Não se pode perder de vista que há uma nova força política, que emergiu com a eleição de Bolsonaro, em 2018, e que não mais poderá ser ignorada no debate dos valores e pautas que lhes são caras, especialmente relacionadas a costumes e à atuação do Estado como agente indutor da economia.

Contudo, também será desejável – melhor que se diga essencial – que a colocação e defesa de tais pautas no tabuleiro do jogo democrático seja incumbido a lideranças que, de fato, tenham na democracia o principal valor a ser preservado, e que deverá ser entendida como o verdadeiro limite a ser observado.

Em última análise, qualquer estado democrático estará sempre lastreado no respeito à lei, cuja quebra somente contribui para um permanente estado de “anocracia”, como propõe Barbara Walter, professora de Relações Internacionais da Universidade da Califórnia, em seu livro “Como as Guerras Civis Começam; e como Impedi-las”.

Esperamos, pois, que o reconhecimento público da vitória de seu oponente, pelo perdedor, além de ser mantido como tradição democrática e “regra do jogo”, possa também auxiliar no desfazimento dos criminosos e irresponsáveis atos de interdição de estradas e vias públicas que se iniciaram logo após a proclamação do resultado das eleições, e que se mantinham ativos até o momento em que este texto era escrito.

Afinal, para seguirmos adiante, os caminhos deverão estar livres!

Boa caminhada a todos!

Eduardo Pires

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