Na semana passada, o presidente Bolsonaro advertiu que caso o ex-presidente Lula seja eleito, clubes de tiro serão fechados e, no lugar deles, serão construídas bibliotecas. Com todo respeito aos frequentadores e apreciadores dos referidos clubes, parece não ser má ideia substituir armas, alvos e tiros por livros.
Estive há pouco na Bienal do Livro e saí de lá convencido que serão as letras – e não as balas – que poderão nos levar a algum lugar melhor que este em que nos encontramos hoje.
Se é verdade que o respeito à diversidade é corolário da democracia, então não tenho dúvidas que é entre os livros que ela habita. Circulando entre ficções, clássicos, biografias, histórias infantis e outros tantos gêneros, estavam ricos, pobres, mulheres, negros, crianças, gays e todo tipo de gente ligada por um único interesse: os livros.
Conquanto seja lugar comum afirmar que cultura e educação, além de garantias fundamentais de todo indivíduo num Estado democrático de direito, são também o único caminho para o desenvolvimento de um país, não é menos verdade que não as alcançaremos sem valorizar o saber literário.
Definitivamente, não será com balas que construiremos nosso futuro, tampouco evoluiremos enquanto sociedade.
Que nossos melhores ideais sejam letrados e ilustrados, e não baleados.
Bom resto de semana a todos e boas leituras!
Eduardo Pires
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