Queremos um futuro com as glórias do passado?

Queremos um futuro com as glórias do passado?

Após 4 jogos, estamos em contagem regressiva para a grande final! E, se tudo der certo, em pouco dias teremos as glórias que um dia já nos pertenceram e que, estranhamente, é o melhor futuro que podemos desejar.

Em Retrotopia (Rio de Janeiro: Zahar, 2017), Zygmunt Bauman afirma que terrorismo, crise financeira, estagnação econômica, desemprego e precariedade colocaram em xeque a ideia de progresso, destruindo esperanças e gerando desapontamentos.

Segundo o sociólogo polonês, “uma vez que não consigo encontrar a felicidade no futuro, volto-me para o passado”. 

De fato, é muito sinistro pensar que a desesperança e o medo do futuro nos façam preferir caminhar para trás ao invés de seguir adiante, como sempre aprendemos ser o correto a fazer. 

Ter esperança, afinal, é essencialmente humano. 

Nunca precisamos tanto de uma Copa do Mundo para que possamos, todos, compartilhar de um mesmo sentimento em razão de um mesmo fato, e longe do divisionismo que tem nos deixado mais distantes, raivosos e desesperançosos que nunca. 

Que as glórias do passado, afinal, fiquem por lá mesmo, e que novas glórias nos aguardem num futuro bem próximo. 

Bom futuro a todos!

Eduardo Pires

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