O outono chegou ao Brasil, mas alguém esqueceu de avisar aos termômetros. Afinal, desde a última primavera, aprendemos o que são ondas de calor e, ao que parece, teremos de nos acostumar com elas, e também assumir (ou não), que vivemos, de fato, uma crise climática.
O debate sobre a descriminalização do uso de drogas no Brasil ganha uma nova dimensão com o julgamento em curso, no STF, que visa definir a quantidade delas para uso pessoal, seguindo a diretriz do art. 28 da Lei de Entorpecentes que, por opção legislativa daquela época, embora não tenha descriminalizado o uso, não o penalizou, de modo a transformá-lo em mera infração administrativa.
No último final de semana, o ex-Presidente Bolsonaro não deixou dúvidas sobre o tamanho de sua capital político, e da capacidade imensa de mobilizar seus apoiadores, independentemente das pautas que defende, ou mesmo da ideologia política que o define como um dos principais líderes da extrema-direita mundial.
Neste semana, a França tornou-se o primeiro país a garantir, constitucionalmente, o direito ao aborto. Embora a prática no país seja legal desde 1975, a ideia de tornar o aborto um direito constitucional visa assegurar que a interpretação da lei não seja modificada pelos Tribunais, como aconteceu nos Estados Unidos recentemente.
No xadrez da diplomacia internacional, as palavras são peões e rainhas, manobradas com destreza por mestres da retórica que sabem que um "por favor" pode ser uma ordem disfarçada, e um "talvez" uma recusa elegante. Afinal, o que é dito importa menos do que como é dito.