Depois de amargar uma onda de resgates no início do ano passado, aplicações agora registram rendimentos de até 358% do CDI. Do inferno ao céu, em 12 meses. Enquanto em janeiro e fevereiro de 2023 os fundos de crédito privado amargavam cotas negativas ou rendimentos pífios, imersos na crise que abalou o mercado logo nos primeiros dias do ano, no pós-Americanas, agora o rali por debêntures corporativas e incentivadas faz as cotas explodirem.
Os fundos da Itaú Asset, por exemplo, ostentam em fevereiro rendimento de até 283% do CDI (2,27%), caso do fundo Itaú Debêntures Incentivadas CDI, que em fevereiro do ano passado registrava rentabilidade negativa de 0,56%. Já o Schroder High Grade Advisory, da gestora Schroders Brasil, saiu de -0,18% em fevereiro de 2023 para 0,98% agora (122% do CDI). O Santander Debêntures Incentivadas CDI, da Santander Asset, por sua vez, foi de -1,19% em fevereiro do ano passado para 2,87% (358% do CDI).
Segundo relatório da área de pesquisa do banco ABC Brasil, os fundos de crédito privado e os de debêntures de infraestrutura registraram em fevereiro a maior captação líquida da atual série histórica, iniciada em maio de 2022: R$ 44,5 bilhões e R$ 6,1 bilhões respectivamente. E a perspectiva é de manutenção desses bons resultados nos próximos meses, com a demanda se mantendo aquecida. É o fim do chamado “Efeito Lâmina”: com a virada para março, os piores desempenhos vão “sumir” dos relatórios, que exibem resultados em 12 meses, no ano e no mês.
fonte: Valor Invest