O famoso SPC, Serviço de Proteção ao Crédito, agora é uma startup

O Boa Vista é uma empresa de informações de crédito conhecida popularmente pelos brasileiros como SPC, serviço de proteção ao crédito que é concorrente do Serasa. A sigla correta, na verdade, é SCPC, mas no popular é só SPC mesmo. Desde que fez IPO, em setembro do ano passado, a empresa quer ser mais do que o SPC e começou a virar uma empresa de tecnologia de dados.

Comprou duas startups até agora e o plano é usar 95% dos mais de 2 bilhões de reais que arrecadou no IPO para compra de outras 20 empresas de tecnologia, segundo o diretor do Centro de Excelência em Analytics, Elmer Dotti.

Dotti, um engenheiro formado no ITA, chegou à empresa logo após a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e a sua área, recém-criada, está liderando a jornada tecnológica com cerca de 100 funcionários. Em poucos meses, os produtos já estão na prateleira e, na parte de crédito, a empresa passou a oferecer soluções que reduziram em 41% o tempo para aprovação de empréstimos e fez cair a inadimplência em 39%. O segredo é bastante simples: uma análise mais detalhada de uma base de dados de 60 anos por meio dos algoritmos criados pela empresa. A capacidade de produção de soluções de dados do Boa Vista passou de 4 meses para uma semana. A cada ano serão 52 novas soluções integradas à base de dados. O Boa Vista também já tem uma solução para o open banking do Banco Central, o sistema que vai permitir que as pessoas levem seus dados para onde quiserem.

Assim como os grandes bancos estão tendo que se reinventar com tantas startups tomando a dianteira da tecnologia e revolucionando o mercado, o Boa Vista também parece que acordou. Os investidores, por enquanto, não parecem tão confiantes na estratégia da empresa. Desde o IPO, a ações do Boa Vista caíram cerca de 20% na bolsa de valores.

Fonte: Veja

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