Nesta última Newsletter de 2023, ocorreu-me escrever sobre como o Natal e as celebrações de final de ano criam uma atmosfera de compaixão e irmandade, com potencial para quebrar e superar eventuais diferenças e fricções de pontos de vistas que se mostram resistentes na maioria do tempo.
Não por acaso, veio nesta semana que antecede o Natal a notícia de que a Igreja Católica, em decisão histórica, passou a admitir que casais “irregulares”, inclusive do mesmo sexo, possam receber as bênçãos religiosas.
Ao invés de compaixão e irmandade, o que vi pelas redes sociais foi uma avalanche de comentários odiosos e intolerantes, que me remeteram ao conhecido paradoxo da tolerância de Popper: quanto mais toleramos a intolerância, mais intolerante a sociedade será.
Que neste Natal, e em todos os outros, possamos celebrar, acima de tudo, as diferentes visões de mundo, e respeitas todas as narrativas existenciais que não sejam idênticas às nossas.
Feliz Natal e em 2024 de tolerância a todas, todos e todes!
Eduardo Pires