Há muito a aprender. Mas quem vai nos ensinar?

Há muito a aprender. Mas quem vai nos ensinar?

Atordoados pelos eventos trágicos e insanos de mais uma guerra, acabamos deixando passar despercebidos outros tantos atos e gestos que, a cada dia, renovam a esperança (por mais difícil que tenha sido fazê-lo) na humanidade.

No último domingo (15/10), quando comemoramos o Dia do Professor, li sobre a história de Allan de Souza, um professor da rede municipal do Rio de Janeiro que decidiu utilizar a música como uma ferramenta para abordar a necessidade de respeitar o próximo, independentemente da cor da pele, e enaltecer traços negros.

"O meu cabelo é bem bonito! É black power e bem pretinho." Assim começa a canção mais famosa dele, que cria músicas infantis para elevar a autoestima dos alunos e implementar a educação antirracista desde os primeiros anos de escola. As músicas abordam a necessidade de respeitar o próximo, independentemente da cor da pele, e enaltecem traços negros.

Como toda militância pessoal e solitária, a verdade que, ao fim do dia, poderá representar muito pouco, ou quase nada. Mas já imaginou como seria diferente o mundo se cada um de nós nos esforçássemos para pregar a tolerância e o respeito ao próximo, independentemente de raça, orientação sexual, etnia ou religião?

Não sou ingênuo nem quero parecer sê-lo. Mas, de vez em quando, procuro inalar alguma dose de pureza e inocência para sobreviver. Numa só palavra: inspiração!

Parabéns a todos os Professores, e que continuem a ser exemplos de inspiração, mesmo em tempo de piração.

Eduardo Pires

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