Quanto mais idiota melhor

Quanto mais idiota melhor

Na semana passada, as redes sociais foram inundadas com imagens do julgamento dos três primeiros réus acusados pelos crimes cometidos no famigerado dia 08/01 deste ano, quando uma horda invadiu e depredou as sedes dos Poderes da República.

Sem entrar no mérito do julgamento, o que chamou a atenção de todos – a minha também – foi a atuação dos advogados dos réus: de ofensas e ataques ao STF e seus Ministros, passando por citações ao “Pequeno Príncipe de Maquiavel” e “Afonso Pilatos”; teve até choro na tribuna decorrente um pretenso medo e nervosismo da causídica.

Ora, xingar o juiz do caso, citar obras e personalidades que nunca leu ou ouviu falar, assim como choramingar na tribuna, nunca salvaram réus de serem condenados, qualquer que tenha sido a acusação, qualquer que tenha sido o Tribunal, em qualquer tempo.

Dia desses, li um artigo, na Folha de São Paulo, escrito por Álvaro Machado Dias– que sei quem é e de quem já assisti palestras pessoalmente – que dizia que não se trata de haver mais pessoas burras ou ignorantes no mundo. Ao contrário, a burrice e a ignorância diminuem a cada dia.

Mas então – e o autor também questiona, assim com você e eu – o que está acontecendo?

Apenas estupidez.

O estúpido, diz Álvaro, tem uma visão de mundo completamente descolada da realidade, e uma fé inabalável na sua visão idiossincrática de mundo. Só isso.

Parece pouco? E é mesmo. Afinal, que tipo de complexidade se espera para conceituar a estupidez?

Bom resto de semana a todos!

Eduardo Pires

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