Quando foi contratado pelo PSG, em 2017, embora o clube não fosse um desconhecido no mundo digital, estava longe ser de protagonista dele. Tudo mudo, entretanto, com a chegada de Neymar.
Segundo dados da matéria publicada em 16/08 pela Máquina do Esporte (https://maquinadoesporte.com.br/futebol/psg-conquistou-crescimento-de-mais-de-100-em-suas-redes-sociais-em-anos-com-neymar/), um estudo da agência alemã Result Sports, o Paris Saint-Germain era, em 2017, apenas o nono colocado no ranking digital entre os clubes de futebol no mundo.
E, segundo o mesmo ranking, em 2022, o PSG já havia se tornado o quarto clube no mundo com maior presença nas redes sociais, atrás apenas de Barcelona, Real Madrid e Manchester United. Lógico que, além de Neymar, teve impacto nesse bom desempenho a contratação de Messi, entre outros eventos midiáticos.
Na semana passada, o mesmo fenômeno aconteceu com o novo clube de Neyma, o Al-Hilal: segundo o Crowdtangle, ferramenta de análise de dados da META, o perfil oficial da equipe no Instagram ganhou 1,86 milhões de seguidores desde o último dia 10/8, um crescimento de 40%, conforme noticiou o portal GShow (https://gshow.globo.com/tudo-mais/viralizou/noticia/efeito-neymar-psg-perde-seguidores-e-al-hilal-ganha-milhoes-veja-numeros.ghtml (até o fechamento desta matéria).
Ao mesmo tempo, a saída de Neymar trouxe um impacto negativo ao PSG, que havia perdido cerca de 100 mil seguidores no mesmo dia. Muitos torcedores, segundo consta, criticaram a forma como Neymar foi tratado e ressaltaram que parariam de seguir o PSG após a saída do jogador.
Messi nos Estados Unidos; Neymar e Cristiano Ronaldo no Oriente Médio, não são, afinal, a globalização do futebol pelo mundo, e sim a inevitável conclusão de que o que o mercado quer – cada vez mais – são craques das mídias e cujo alcance é astronômico, muito além dos extraordinários salários que eles receberão.
Bem-vindos a era do patrimônio e do “capital” digital.
Bom resto de semana a todos!
Eduardo Pires